sábado, 30 de junho de 2007

Quero Morrer...

Quero morrer…
Quero morrer já, antes que te conheça de uma forma mais completa e depois não saiba viver sem ti.
Quero desaparecer, desintegrar-me pelo ar sem perdão nem redenção de nada ou ninguém…um barulho, um clarão e eu fui, já não serei nada senão ilusão.
Quero escapar entre os teus dedos como a água escorre de uma torneira que não fecha totalmente, cair e cair aos bocados, gota após gota, quero cair da tua boca para o chão…
Quero brilhar dentro de ti para sempre…e a única forma que tenho de o fazer é morrer, é fazer com que te lembres de mim sempre, para sempre…diferente.
Não quero morrer mas é a forma mais singular e singela que encontro para te deixar, não posso viver contigo nem ao teu lado, não posso ter-te porque nada neste mundo é dado…tu custas o que eu já paguei há muito tempo, tu não tens preço e és difícil de encontrar.
Não posso pensar numa eternidade morto, encaixotado, engavetado sem ti ao meu lado, mas também não posso pensar sequer em sorrir, brincar ou rir sem te ter exactamente…ao meu lado. Não posso concordar que existas e eu exista e que nada dê resultado, não posso esquecer o que é passado porque isso é o hoje, o amanhã, é o sempre…sempre que o nosso olhar é cruzado.
Portanto quero morrer, não é que o deseje realmente, mas quero morrer, quero fechar os olhos e só eu saber quem é quem, em quem penso pela última vez, como se fosse simplesmente adormecer e sonhar, mas amanhã não há um novo acordar, não há um dia qualquer para possivelmente te encontrar…existe só a escuridão e o teu sorriso a iluminar.
Amanhã já não vou querer morrer, amanhã vou estar morto, frio e gelado de corpo inanimado, de olhos abertos ou fechados…quem sabe? De corpo rígido e desolado, sem o calor do teu abraço e as brincadeiras dos teus dedos passo-a-passo…a subir e a descer o meu peito.
Acabe-se a animação,
O sangue, como os rios…
Eventualmente um dia há-de parar, tudo é desolador, paisagem seca e árida, uma veia qualquer vazia, uma artéria sem sangue a passar, tudo entra no silêncio, fecham-se os olhos…uma mão duas mãos a vacilar, as pernas a tremer, a voz que falta, o murmúrio rouco que faz por gritar…um joelho dois joelhos no chão a cravar, a carne…podre carne cansada de te amar…O tombo, a cabeça que pende para a frente, indecisa de como acabar, tudo suspenso por um fio, quase quase a acabar…Ouve-se a música, a vida é um filme, o corpo pende uma última vez, o desdobrar do ar do corpo a arrastar, o chão cada vez mais perto, fechar os olhos com medo de me magoar.
A música prende-se, o filme a acabar…
A morte,
Amor, já não tenho mais nada para te
dar






http://vercomolhos.blogspot.com

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Choro sem se ver...


está a doer...

a dor que não vês que doi ...

a dor que insistes em desprezar...

a dor que me mata por dentro ,fruto de tanta ferida feita que a raiva não deixa sarar...

está a doer...

a dor que não quero que saibas que tenho...

a dor causada por ti e por todos e que eu não quero admitir....

a dor feita por mim...

está a doer...

a tua indiferença face ás pistas que te dou...

a tua indiferença face ao que tu me és...

a tua diferença em relação a todos os outros sem ser eu...

está a doer...

o amor que não vejo em ti...

o amor que não tenho de ti...

o amor que queria de ti...

está a doer...

a solidão que sempre senti e tu nunca soubes-te ...

a solidão que estou a sentir hoje e que tu sabes...

a solidão de merda , acompanhada ao vivo por vocês todos.

morte lenta que acaba comigo a cada dia que passa,

a cada nova oportunidade que dou a mim mesma...

está a doer...

a raiva aflita que queima tudo de bom...

a raiva que me afasta de ti ,e dele e mais dela e mais de não se quem ...

a raiva que te tira a paciência e o pouco que penso que existe por mim...

MAS desculpem...

desculpem ter nascido,

desculpem existir ainda...

desculpem a dor que causo...

desculpem não ser perfeita...

desculpem estar a sofrer...

desculpem não me perceber...

desculpem as neuroses...

desculpem o mau humor...

desculpem as discussões sem sentido...

desculpem por não mostrar o quanto vos amo...

a raiva não deixa...os exemplos são contrários ...




http://na-profundeza-do-pensamento.blogs.sapo.pt



PS: Postei este texto por simplificar grande parte do que sinto.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Talvez...


È engraçado as voltas que a vida dá, e mais ainda tentar compreender o porquê de em determinada altura ela se resumir a uma única pessoa.


Lembro-me de cada vez que te via e sentia aquele friozinho na barriga, de tentar falar e não encontrar as palavras certas. Olhavas-me nos olhos e naquele instante eramos um só. O mundo à minha volta podia cair e eu não me daria conta.


Já te amei com todas as forças. Odiei-me por sentir-me tão longe e tão perto de ti.


Queria fugir do que sentia, mas não conseguia, simplesmente por não ter a mínima hipótese contra a minha vontade de te poder ver e te tocar.


Eu quis e ainda quero perceber. Mas sei também que não vale a pena procurar a resposta onde ela não se encontra. Porque tu fazes parte de um presente vago e passado que preciso manter oculto.


Daria a minha vida por ti mesmo sabendo que não o farias por mim.
Durante muito tempo achei que amar era dar sem pedir nada em troca. Mas como pode um amor sobreviver se não há sacrifícios de ambas as partes?


E todo esse vazio que senti fez com que tivesse vontade de morrer.
Limitar a minha existência à presença da minha vontade de viver sem a tua ausência constante não tornaria a dor irrelevante, nem sequer iria menospreza-la.


Por isso tive a necessidade de viver, de lutar contra mim mesma.


Sempre sozinha. Nunca deixei que vissem através de mim, embora tenha perdido a conta às vezes que precisei de um ombro para chorar e um abraço forte para me acalmar.


Apenas eu. Longe de tudo. Até distante de mim.


Talvez fosse esse amor que resistia na folha de papel queimado. Talvez a falta que tinha de ti seja a culpada da solidão e tristeza que sinto.


Talvez...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Preciso ser eu...

Houve um tempo em que desejei ser como tu. Voar mais alto, ir até ao infinito sem nunca perder as forças.
Quis aprender a ser delicada quando sentia raiva, aprender a ouvir quando realmente precisava que me ouvissem.
Quis ocultar a verdade, defender a mentira e viver perto da hipocrisia. Fingir que tudo estava bem.

Mas hoje eu sei, porque aprendi. Não preciso fazer-me de forte quando o mundo desaba em cima de mim. Tenho o direito de sentir raiva e de falar...
Não preciso sorrir quando quero chorar, nem sequer de fingir!

Hoje não quero ser como tu.

Apenas preciso ser eu própria.

Tenho como objectivo conhecer o meu limite, aprender a acertar com cada erro que cometa!
Chutar cada pedra do meu caminho sem nunca ferir ninguém.
Não quero crescer tendo como molde a frieza e o cinismo.
A vida exige que eu seja maior e melhor dia após dia.


Tânia

segunda-feira, 25 de junho de 2007

sábado, 23 de junho de 2007

TU...

Escrevi num pedaço de papel o teu nome. Rasguei, queimei. Mas continuavas .
Chorei, gritei... E nunca te foste embora.
Tento apegar-me à vida, às pessoas... Mas arranjas sempre uma maneira de permaneceres junto a mim.
Quis fugir... Quis até morrer... No entanto, não seria isso que te afastaria de mim.
Durante muito tempo acreditei, ou quis acreditar, que a dor que me causavas um dia iria passar.
Hoje, e depois de tanto tempo sem me abandonares, pergunto-me se estaria errada.

E tu continuas aqui, dentro de mim.
Carrego-te comigo como quem carrega uma cruz.
A cada dia que passa sinto-me mais pequena em relação a ti.
Não sinto que te mereça, nem que magoes desta forma. Mas tu não pensas assim. Tu precisas de mim como eu preciso de ti. Porque somos iguais!
Sem ti sentir-me-ia perdida. Não mais me lembraria do caminho de volta a casa. O caminho que percorro até ti, onde choro contigo, onde a tristeza me invade e consome a fé e esperança que me restam.
E é neste lugar pintado a negro que tu ficas comigo, que me dizes baixinho que a minha vida terminou, e me levas para onde a tristeza é a tua fiel companheira, onde reina o arrependimento e a mágoa dos que são como nós.

Eu queria ser capaz de viver sem ti. Que me deixasses amar.
Porque eu estou no meu limite.
não suporto afastar as pessoas de mim pelo medo de que realmente me vejam por dentro.
Preciso que o façam e me afastem de ti.

Mas no fundo sei que acabarás sempre por voltar...
E sei também que não me deixarás por muito tempo se eventualmente um dia partires.

E no presente, dou por mim a proferir estas palavras com extrema e absoluta certeza, sem no entanto deixar de destacar a contradição que vai de encontro ao oposto da duvida que constantemente me assombra, o teu nome no pedaço de papel queimado.


Apenas TU! Minha eterna amiga e companheira:

SOLIDÃO



quarta-feira, 20 de junho de 2007

Different

Digo pra mim mesma, na viagem para casa.
Estou ficando cansada, odiando tudo o que conheci.
Esperando, como se isso fosse tudo o que tenho.
Não contes comigo, quando é claro que eu, tenho dificuldade em falar.
E tu dificuldade em te importar.

Eu queria ver algo que fosse diferente, algo que falaste que mudavas em mim.
Queria ser, qualquer coisa diferente, tudo o que mudavas em mim.

Vim até aqui, de frente mas nunca de verdade.
Estou errada, é só a maneira como sou.
Explodindo, há chance de ouvires.
Cedendo, há alguma chance de conseguires ver dentro de mim.
E eu, eu saberei o que dizer...






Tradução de "Different", by Acceptance. Adaptada: Tânia

terça-feira, 19 de junho de 2007

AMOR

O que é o AMOR afinal?



Uma simples palavra constituída por quatro letras?

Um sorriso?

Um abraço?

Um beijo?

Um olhar?

Um sentimento?

Um gesto?


AMOR é tudo o que faz o coração bater mais forte.

È sentir que não estamos sós

O brilho nos olhos que um dia choraram.


AMOR é paz.


O AMOR cura a maior das feridas.



È uma luta interminável.

O desejo insaciável de querer ficar onde não pertenço.

È falhar e voltar a tentar.

È acreditar que posso ir mais alem.




Porque AMAR é ter consciência de quem somos.

È ser persistente,

Alcançar a meta final

E no fim poder dizer


EU APRENDI A AMAR!



tania

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Venho por este meio demonstrar o meu descontentamento com a justiça em Portugal!

Porque se coisa que me surpreende todos os dias é isso!
São anos e anos espera do raio de um julgamento muitas vezes por falta de testemunhas, provas concretas, DINHEIRO!

Mas o melhor de tudo é algo com que recentemente me deparei: alegar insanidade mental como álibi de um crime de homicídio qualificado!!! ESTA È ÓPTIMA!!! Bora la matar alguém e depois dizer que temos um atrofiozito qualquer?!

Pergunto-me qual o valor de uma vida humana hoje em dia... "È menos um, não faz diferença..." E a família? Ninguém se preocupa???

Porque é que somos tão egoístas???
E qual será o preço a pagar?
Seremos julgados no fim?
E perdoados?
Castigados?!




duvido de tudo!

terça-feira, 12 de junho de 2007

Muito (pouco) sério!

Conforme me foi pedido, vou tratar de problemas da sociedade, nomeadamente o capitalismo.


Bem... pode dizer-se que o que eu sei fazer melhor é queixar-me, por isso daqui para a frente levem comigo (mais ainda) !! =D

E o capitalismo fica para amanha... as almas perdidas têm mais o que fazer! loOl


tania

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Sei que tenho perdido demasiado tempo a pensar no que seria a minha vida se ainda estivesses aqui.
Mas há dias em que a saudade dói, dias em que choro só de ouvir o teu nome, em que tudo bate mais forte menos o meu coração.

Desejei tantas vezes estar no teu lugar naquele dia...

Ainda hoje me custa acreditar que afinal a tua ausência é uma realidade...

No entanto serás sempre parte de mim.


Tânia
Com muita pouca paciência...

sexta-feira, 8 de junho de 2007

3 anos...

O tempo passa mas continuo a sentir-me da mesma maneira desde aquele dia... O dia em que perdi tudo, em que quis fugir, chorar, morrer.

Não me resta nada da pessoa que um dia fui.

E por mais voltas que a vida dê será sempre assim ate ao fim.

Como eu queria que me pudessem entender... que realmente me ouvissem.
È difícil de suportar tudo isto sem ti e sem ninguém.
E agora eu sei... sozinha para sempre.


Tânia

quinta-feira, 7 de junho de 2007

"Letters To You" **Finch**

Can't you see
That I wanna be
Here with open arms
It's empty tonight
And I'm all alone
Get me through this one

Do you notice I'm gone
Where do you run to so far away
I want you to know that
I miss you, I miss you so
I want you to know that
I miss you, I miss you so (2x)

I'm writing again, these letters to you
Aren't much I know
But I'm not sleeping
But you're not here
The thought stops my heart

Do you notice I'm gone
Where do you run to so far away
I want you to know that
I miss you, I miss you so (4x)

No more looking, I found her

I want you to know that
I miss you, I miss you so (6x)

So far away (2x)

sábado, 2 de junho de 2007

My Favourite =)

O meu vídeo favorito.. . Sem palavras.

Traduz tudo aquilo que eu odeio: hipocrisia, cinismo, falsidade, mentiras.....

Just be yourself :) Porque quando a mascara cair nada mais restarà

desculpa...

desculpa
por dormir contigo
todas as noites
sem te pedir


desculpa
por olhar para a palma
da minha mão
e ver a tua a deslizar


desculpa
por virar a esquina
e encontrar-te
sempre a sorrir


desculpa por olhar o teu céu
a tua constelação
e fazer dela, minha


desculpa
por seres palavra
e verso e letra
em mim, assim


desculpa
por te pintar
a cores e texturas
e perfume a jasmim


desculpa
por ter tentado
arrancar-te, indiferente
à tua inevitável presença


desculpa
por seres só meu,
embrulhado num lençol
de água, salgado


desculpa
por não saberes
o que te quero dizer:
que te respiro até hoje.

hoje acordei e lembrei-me
que me dói a tua ausência.







**Não é da minha autoria**


http://tintapermanente.blogs.sapo.pt